Escreve o Daniel Oliveira, como quem não sabe, que “Não haverá convergência entre Sá Fernandes e Helena Roseta para uma lista comum e independente, por indisponibilidade, ainda não explicada, da candidata.”
Bem. Ajudemos Daniel que parece estar um pouco distraído.
Numa convergência como esta, é preciso saber a quem aproveitava. Não aproveitava a Roseta, que perdia espaço de manobra e tinha que lidar com a presença mediática de Sá Fernandes. Aproveitava e bem, ao BE, que vê com alguma preocupação fugir algum eleitorado para Roseta e sacudia a pressão que o PC vai fazer para recuperar espaço e votos que perdeu.
Acrescenta-se que Roseta perderia votos que lhe serão dados pela sua candidatura à revelia do sistema partidário. Ainda bem para ela.
O oportunismo do BE ficou bem patente neste pequeno mas clarificador episodio sobre a verdadeira natureza desta agremiação.
2007/05/17
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2 comments:
O BE tinha decidido que prescindia de concorrer. Se isto é oportunismo, quando é que não é? Quanto às contas de Helena Roseta, não sei se tem razão. Mas para grupo de cidadãos só preocupado com Lisboa, isso é tudo muito semelhante (para pior) aos raciocínios partidários.
Então não percebo, se o BE não inscreve nessa lógica partidária e estava disposto até a prescindir de concorrer, porque não fez simplesmente? Sá Fernandes, independente, seria sempre livre de integrar as listas ou só apoiar Roseta, para quê uma convergência que arrasava com o discurso anti-sistema de Roseta?
Eu acho que era muito boa escolha do BE, era estratégicamente correcto, mas só ao BE beneficiava.
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