2007/05/30

Nada como esclarecer as coisinhas

Os deputados do PS impediram ontem a audição imediata da ministra da Educação no Parlamento, como pretendia o PSD, adiando todas as explicações sobre o caso DREN e o afastamento do professor Charrua para quando estiver concluído o inquérito em curso à situação."

A situação está ainda no plano administrativo, não chegou ao gabinete" de Maria de Lurdes Rodrigues. "Quando a ministra puder dar alguma explicação, deverá dá-la, mas nunca antes", defendeu Manuela de Melo do princípio ao fim da reunião da Comissão de Educação, onde o assunto foi discutido, rejeitando todos os argumentos da oposição.

E foram muitos."Há sanções a serem aplicadas para punir um delito de opinião, um professor viu a sua requisição de serviço terminada ilegalmente, há recursos hierárquicos e a ministra não sabe de nada? Mesmo que não soubesse, tinha de procurar saber", disparou Pedro Duarte (PSD).

"O que vocês estão a fazer é arranjar expedientes dilatórios para dar cobertura ao clima de medo generalizado na Administração Pública, a omissão da ministra da Educação e do primeiro-ministro fomentam a intimidação", juntou.

"Fernando Charrua foi saneado do serviço em que estava há muitos anos e voltou à escola de origem", acrescentou Emídio Guerreiro, também social-democrata. "Há um processo político que tem responsabilidades políticas e o PS está a ser cúmplice neste processo", acusou.

Em defesa do PS, João Bernardo acabou por fazer uma revelação: "Não há nenhuma suspensão preventiva do professor; se houve, foi cancelada. Se houve recurso, já não há.

O que houve, prosseguiu, foi uma reavaliação da confiança política que fundamenta a requisição de serviço feita anualmente: *

O professor está na sua função de origem, não há qualquer sanção."

(...)

in Publico

* Quem me souber traduzir isto de outra maneira do que uma simples sanção decorrente de um delito de opinião, agradecia.

Liberdade de Imprensa Socialista

O Sindicato dos Jornalistas denunciou ontem no Parlamento que profissionais experientes e incómodos para os órgãos de comunicação social estão a ser expulsos das redacções.

Na reunião, destinada a discutir o novo estatuto da classe, o PS admitiu abandonar a proposta de sanções pecuniárias para os jornalistas que infrijam as regras disciplinares previstas no projecto de lei do Governo.

A profissão de jornalista é muitas vezes exercida em condições de precariedade contratutal e "sob a ameaça permanente de reestruturações que conduzem ao emagrecimento das redacções e ao seu empobrecimento", afirmou o presidente do sindicato da classe (SJ), Alfredo Maia, aos deputados da Subcomissão de Comunicação Social. "Jornalistas experientes e com capacidade crítica foram expulsos das redacções", ilustrou.

A denúncia tinha como objectivo mostrar que a autonomia editorial e a independência económica são condições necessárias para que os jornalistas possam ser responsabilizados pelo seu trabalho, tal como prevê o diploma do Governo.

Mas a gravidade das afirmações levou o deputado do PSD Luís Campos Ferreira a propor uma nova reunião "de urgência" com o SJ apenas sobre este assunto. O encontro ficou acordado, mas poderá realizar-se à porta fechada, com o sindicato a justificar "a necessidade de reserva da publicidade de nomes daqueles que foram expulsos", com o "medo" existente "dentro e fora das redacções" e o risco de "inviabilizar a sua futura integração nas redacções".

Ontem durante a discussão das alterações ao Estatuto do Jornalista o PS admitiu, no documento final, desistir da exigência do pagamento de coimas pelos jornalistas que infrinjam as regras deontológicas, algo proposto pelo Governo e que tem sido contestado pela oposição. "Se é essa a dificuldade, retiremos as sanções pecuniárias", concedeu o deputado socialista e ex-secretário de Estado da Comunicação Social Arons de Carvalho, salientando que o PS já tinha proposto uma alteração à proposta inicial para que este pagamento só fosse aplicado quando o jornalistas já tivesse tido três advertências por violação das regras disciplinares no espaço de três anos.

O PSD insistiu também na necessidade de dotar a comissão da carteira profissional - que de acordo com o novo diploma passa a exercer funções de regulação disciplinares - de meios para poder exercer as novas competências.

A protecção dos direitos de autor foi ontem outra das questões levantadas. O sindicato diz-se preocupado com a proposta do Governo que permite às empresas de comunicação disporem de um artigo do jornalista durante o mês seguinte à sua primeira publicação.

De acordo com a proposta do Governo, as empresas podem republicá-lo e distribuí-lo noutros órgãos do grupo sem que isso implique uma remuneração acrescida para o jornalista. "A empresa é dona e senhora dos artigos durante 30 dias, o que lhes permite renegociar os artigos com as empresas de climping", defendeu Maia.

Já o PS argumenta que esta é a primeira vez que a possibilidade de a entidade empregadora utilizar os artigos dos jornalistas é limitada. "Esta lei não traz nenhum agravamento da situação. Esse direito [de utilização do trabalho do jornalista] fica balizado, o que até agora não acontecia", salienta Arons de Carvalho.

Nova reunião poderá ser à porta fechada para protecção de jornalistas "expulsos" de redacções*

in Público

* Como é clarinho, o PS não quer a porta fechada para se falar nestas questões.

2007/05/24

Um problema de escolha de palavras

«Fazer um aeroporto na margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico, porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas», disse Mário Lino durante um almoço debate sobre «O Novo Aeroporto de Lisboa», promovido pela Ordem dos Economistas.

Quase chorei com a bondade implícita nas suaves palavras de Lino, sem noção nenhuma de que caíram uns muros, que naquela cabeça ainda se mantêm, avisa-nos com um sorriso que não quer deslocar sovieticamente uns milhões para um deserto qualquer lá para sul.
Lino bem pode ter saído do Partido Comunista, estou na dúvida é se o Partido Comunista saiu do Ministro Lino.

Mas o que seria um problema de escolha de palavras, como atempadamente veio o Senador Almeida Santos, com igual bondade e cuidado avisar-nos, ficou feito em estilhaços quando o vetusto Senador no alertou, a propósito, dos perigos do dinamite nas estruturas que mantêm a nossa capital em contacto com os desertos a sul.

Assim, entre a ameaça de nos dinamitarem as pontes, deslocarem milhares de pessoas e outros horrores, chegamos à única solução possível e aceitável: Todos para a OTA.

Ler mais aqui:

ALMEIDA SANTOS: O DELÍRIO
MÁRIO LINO: O DELÍRIO
Ora vamos a um "um supÔÔnhamos".

2007/05/21

e palmas comprometidas para o Telmo

Live and in colour, Portas anuncia dois nomes de ilustres desconhecidos, cujos nomes não decorei, mas o último é o vereador que talvés, talvez, talvés.... bem que se calhar o PP vai eleger em Lisboa, depois deu-nos a Teggy, Tegy, a Teresinha e Nobre Guedes para fechar com nota de ouro, oiro... enfim, uma nota qualquer, o nome do presidente do grupo parlamentar, Telmo Correia (o único com nome mais popularucho lá do burgo) para Presidente da Câmara.

Ou seja, Telmo não ganha e volta para a AR, onde de resto não sai, Nobre Guedes tem mais com que se chatear, a Teresa Caeiro tem mais que fazer e sobra uma tal "não sei das quantas" que é muita competente...

Quanto menos se esperava eis que...




Note-se que mesmo para um entertenimento bacoco e atarantado como os filmes anteriores, com excepção do primeiro filme, nada de tão sangreto e brutal fora introduzido no plot.

Isto, esta coisa que ai vem, é também sinal dos tempos e do pessimismo em que este nosso mundo revolve.

So what kid?

Registo para memória selectiva e que não valem um caracol

Ele é engraçadote e tudo…

É o que oiço por aí de Fernando Negrão, eu com os gostos do mulherio não me meto, não percebo sequer, mas baixo a tromba em reflexão.
Uma merda de critério, mas vale tanto como não gostar de Mendes porque se reduz as ideias a centímetros. Esse primarismo cala fundo em muita gente, bruta e que caga para as elevadas considerações dos comentadores, mesmo grandes comentadores, como este gajo aqui.

Como se ler muita opinião fosse irrelevante, melhora a nossa, dá-lhe substância, mas como as consequências práticas de um cozido à Portuguesa. O da nossa mãezinha há-de ser sempre o melhor, dê lá por onde der, mesmo quando o feito culinário não é digno da gamela de um canídeo. A opinião vale pouco para esta gente que reduz tudo ao mais elementar instinto, essa é que é essa.

O que é, tem muita força (neste caso é mesmo verdade)

Este é um dos artigos, dos vários escritos por Pacheco Pereira, mais demolidores que li nos últimos anos. Não é um murro nas ventas, não é uma bomba ou pedrada no charco, não nenhuma dessas merdas... é muito melhor que qualquer berraria, há nele uma desilusão e um encolher de ombros que literalmente rebenta com Costa.

Imagine

Que uma qualquer funcionária mais zelosa admoestava um ex-deputado socialista, funcionário na mesma empresa pública, por tecer comentários pouco abonatórios sobre um PM social-democrata?

Imagine que para cúmulo, era suficientemente doida para lhe aplicar um castigo pela aleivosia?


Imagine o que já não se diria por aí.


A sério, imagine lá um disparate desses.


Tenho a certeza que este senhor não lhe chamaria zelo, até por que acha que este clima que se vive é pura fantasia, é homem que não se deixa enganar pelas escolhas de terceiros num sistema que se quer estupidamente democrático e pluralista.

2007/05/18

Judíce, o Mandatário

Não faz nem um mês e escreveu-se que o ex-bastonário dos Advogados, José Miguel Júdice, foi convidado pelo primeiro-ministro para presidir a uma nova entidade que vai gerir a zona ribeirinha entre Santa Apolónia e a Ajuda, «ficará por cima do município de Lisboa e da Autoridade do Porto de Lisboa», retirando poderes ao município e poder canalizar para a zona de Lisboa fundos comunitários (do QREN), que escaparão ao controlo político de Paula Teixeira da Cruz e da Assembleia Municipal de Lisboa.

Agora, pagando o favor tão simpático, assume o cargo de Mandatário de António Costa.

Saldanha Sanches, para quem esta coisa de ser Mandatário Financeiro, até para por fim a esta promiscuidade entre dinheiros e interesses políticos, é uma maçada em que se envolveu e tal como afirmou à SicN, porque tinha de ser coeerente com o que afirmava, deve achar esta situação a coisa mais normal do mundo.

2007/05/17

Ela é má… não gosta de nós!

Escreve o Daniel Oliveira, como quem não sabe, que “Não haverá convergência entre Sá Fernandes e Helena Roseta para uma lista comum e independente, por indisponibilidade, ainda não explicada, da candidata.”

Bem. Ajudemos Daniel que parece estar um pouco distraído.
Numa convergência como esta, é preciso saber a quem aproveitava. Não aproveitava a Roseta, que perdia espaço de manobra e tinha que lidar com a presença mediática de Sá Fernandes. Aproveitava e bem, ao BE, que vê com alguma preocupação fugir algum eleitorado para Roseta e sacudia a pressão que o PC vai fazer para recuperar espaço e votos que perdeu.
Acrescenta-se que Roseta perderia votos que lhe serão dados pela sua candidatura à revelia do sistema partidário. Ainda bem para ela.

O oportunismo do BE ficou bem patente neste pequeno mas clarificador episodio sobre a verdadeira natureza desta agremiação.

2007/05/16

mas negro, negro é este conjunto de figuras...

que a revista Focus, que reputo de normalmente mal informada, vem falar. Uma espécie de tertúlia orientada pelo mais improvável dos líderes, Henrique Freitas.

Este rapaz, rodeou-se de extraordinárias cabeças pensantes, Helena Lopes da Costa, Luís Filipe Menezes, Marco Almeida, Virgílio Costa, Jorge Varanda, Matos Correia (excepção à regra e só por distração é que foi apanhado) e Martins da Cruz (que literalmente foi apanhado na rua a passear o canideo)

Há merdas que não se entendem, esta disparidade entre a pessoa e as suas escolhas políticas, a primeira é culta, simpática e capaz, as segundas mostram outra que não sei quem é mas só pode ser tonta.

Fernandão, o Negão!

... depois de ter tremido com a ameaça dessa figura notável que é o Ferreira do Amaral, dão-me a notícia de que vai o Fernando Negrão.

Depois de um processo apalermado que ao que sei só a versão do FAL* no DN anda perto, chegamos a este resultado.

Subestimar Negrão pode ser um jogo perigoso, Costa que de parvo não tem nada jamias o fará.

Confesso, gosto do rapaz, é para sacrificar e sendo a minha preferência outra, desejo-lhe a melhor das sortes.


* Uma notazinha, parece que ando obcecado com o Chico, mas só para apontar a merda de título que lá foi posto, até parece encomendado pela ala menezistaousantanista com quem o Chico se dá tão bem. Há merdas que um jornalista, mesmo com poucas fontes, não se devia prestar.

...nem 5 segundos depois...

recebo o sms de um socialista: "a coisa tá preta, um preto contra um negrão"

2007/05/15

Sobre esta posta do FAL aqui em baixo, que agora que leio duas horas depois me parece ser uma bela merda

...nem por isso, já estou a imaginar o Chico a arrepiar-se todo. Mas agora que penso melhor e os vapores do digestivo do almoço já se dissiparam - eu não funciono à tarde - esta coisa do Costa ser o norte e eu percebo a imagem poetica, do Sócrates, parece-me péssima conclusão, ou corolário, ou o caraças. Não há dúvida que o gajo é bom, tão bom que mesmo que os tecnico-tácticos conselhos da máquina socialista sejam do calibre que fodeu o Carrilho, estou convencido que o Costa passa a edil. Não sei é se isso é bom. Parece-me que não, mas ainda não faz muito tempo e pareceu-me que o Sporting ia ter uma sorte do catano e puff! Nada. Já me enganei antes.
De qualquer forma, de uma forma qualquer e outros malabarismos poéticos, o que me está a lixar é ver que a minha querida Manelinha não tem tomates para avançar (coisa que ela não tem culpa) no que se aproxima do que andam aí a dizer do Seara e no fim o Mendes tem que ir à porrada com um coxo como o Ferreira do Amaral, uma espécie de Fernando Santos da política, um natural born looser.
Sinceramente, se o Mendes se vir na circunstÂncia de estar rodeado de tanta covardolas que tem de recorrer a tipos requentados, mais vale manda-los todos para o caralho, apoiar a Roseta e a elite pseudo-informada do PSD que se amanhe.

O melhor post do dia (end of story)

Costa, o imbatível?

António Costa é, obviamente, um excelente candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições intercalares de 1 de Julho. Melhor só António Vitorino ou talvez Jorge Coelho, noutras circunstâncias. Costa é credível, tem peso político, não é nenhum vendedor de banha da cobra como muitos que militam no PS. Sucede, porém, que é o número dois do executivo, é o suporte político de José Sócrates, é o seu Norte. É a referência de bom senso, quando muitos naquele Governo se pautam por um seguidismo cego face a Sócrates. Costa tem voz própria, gere 'dossiers' muito importantes ao nível da Administração Interna e é fundamental numa altura em que Portugal prepara a presidência da União Europeia no segundo semestre deste ano. Por isso, compreendo as reservas que certa imprensa diz que Cavaco Silva tem em relação à saída daquele nome do executivo. Compreendo também que a matéria deveria ter sido primeiro analisada com o Presidente da República, antes de o ser nos órgãos próprios do PS. Mas Sócrates está encurralado com a candidatura de Helena Roseta e com a provável profusão de candidaturas à esquerda. João Soares, António José Seguro, Ferro Rodrigues, Maria de Belém, Ana Paula Vitorino ou qualquer outro deste género não oferecem garantias de uma vitória. Costa sim.
Mas Costa não é imbatível, ao contrário do que o PSD vai julgando por estes dias. Desde que se soube que o Secretariado do PS, vulgo Sócrates, tinha escolhido o ministro que Marques Mendes perdeu o controle do processo de escolha do candidato do PSD. Com um óbvio nervosismo, Mendes deixou que várias figuras próximas de si sondassem candidatos, fizessem contactos e acabou por acontecer o insólito: Fernando Seara, que nem sequer era a primeira escolha, a dizer nas televisões que foi convidado e que por "motivos pessoais" não aceita. A partir de agora qualquer nome que não seja de primeira água será uma segunda escolha. Porque Costa não é imbatível, mas será um osso muito duro de roer. O PSD tem que apelar aos seus melhores quadros. Ao nível de uma Manuela Ferreira Leite ou de uma Paula Teixeira da Cruz. Tudo o que vier por aí abaixo estarám condenado ao mais humilhante dos resultados. A ex-ministra está bem no seu lugar de administradora de um grande banco espanhol. A advogada tem certamente motivos fortes para não aceitar. Só que pertencer a um partido como o PSD não tem só vantagens, há sacrifícios que se têm de fazer. E este era, ao mesmo tempo, o grande desafio.

FAL no Corta-Fitas

2007/05/14

Cheira bem, cheira a Lisboa

Pronto. Já percebemos que a Judite de Sousa não quer o Seara enfiado numa campanha eleitoral em que arrisca perder a face em dois sitios ao mesmo tempo, Lisboa e Sintra. Ainda há espaço para Ferreira Leite, até com uma Nogueira Pinto como número dois? Será Paula TC? Avança a desconhecida Marina Ferreira?
Costa será o candidato, a "fuga" no sábado sobre o estado de espirito de Cavaco sobre remodelações ainda me faz duvidar sobre essa aposta, no entanto, tendo em conta, as informações que andam a circular, Costa será mesmo o candidato.
Fica a segunda parte, quem será o numero dois e equipa de Costa?
Quem é que o PP apoia, será Carmona ou avançamos para uma tragédia com Telmo?
O PCP ainda pensa em atirar-se ao BE?
A Drago não estaria há espra de melhor, será ela a número 2?
AHHHHH tantas perguntas, tantas.

Os assassinos suicidas

Argumentos para justificar o abuso

Ah.. a Dinamarca esse país de infieis

Criança usada em video de propaganda II

Criança usada em video de propaganda I


FOX NEWS:

KILI FAQIRAN, Pakistan — The boy with the knife looks barely 12. In a high-pitched voice, he denounces the bound, blindfolded man before him as an American spy. Then he hacks off the captive’s head to cries of “God is great!” and hoists it in triumph by the hair.

A video circulating in Pakistan records the grisly death of Ghulam Nabi, a Pakistani militant accused of betraying a top Taliban official who was killed in a December airstrike in Afghanistan.
An Associated Press reporter confirmed Nabi’s identity by visiting his family in Kili Faqiran, their remote village in southwestern Pakistan.

The video, which was obtained by AP Television News in the border city of Peshawar on Tuesday, appears authentic and is unprecedented in jihadist propaganda because of the youth of the executioner.

Captions mention Mullah Dadullah, the Taliban’s current top commander in southern Afghanistan, although he does not appear in the video. The soundtrack features songs praising Taliban supreme leader Mullah Omar and “Sheikh Osama” — an apparent reference to Osama bin Laden, who is suspected of hiding along the Afghan-Pakistan border.
The footage shows Nabi making what is described as a confession, being blindfolded with a checkered scarf.

“He is an American spy. Those who do this kind of thing will get this kind of fate,” says his baby-faced executioner, who is not identified.

A continuous 2 1/2-minute shot then shows the victim lying on his side on a patch of rubble-strewn ground. A man holds Nabi by his beard while the boy, wearing a camouflage military jacket and oversized white sneakers, cuts into the throat. Other men and boys call out “Allahu akbar!” — “God is great!” — as blood spurts from the wound.

The film, overlain with jihadi songs, then shows the boy hacking and slashing at the man’s neck until the head is severed.

A Pashto-language voiceover in the video identifies Nabi and his home village of Kili Faqiran in Baluchistan province, which lies about two hours’ drive from the Afghan border.

A reporter went to the village, and Nabi’s distraught and angry father, Ghulam Sakhi, confirmed his son’s identity from a still picture that AP made from the footage. He said neighbors had told him the video is available at the village bazaar, but he had no wish to see it.

(...)

He said his son called at the end of January to reveal that a tribal council had sentenced him to death on charges of tipping off U.S. forces about Osmani’s movements, despite his denials.
His son passed the phone to Dadullah, but the militant leader ignored his pleas for clemency, Sakhi said.

“I talked to him and said you visited us and my son was a close friend so why are you going to hang him? He just said, ‘How are you?’, and switched off the phone,” Sakhi said.

“They are the enemies of Islam,” he said of the Taliban. “They are behaving like savages.”

Sam Zarifi, Asia research director for Human Rights Watch, said the use of a child to commit such an act constituted a war crime and was a “new low” in the conflict in Afghanistan.

(...)

Clique aqui para ver o video

Daniel, o comentador de serviço

Casos como o de Daniel Oliveira, deixam-me sempre com grandes esperanças no futuro da esquerda. Este genial comentador profissional, de uma coragem rara, demonstra todos os dias, nos blogues, na televisão e no Expresso, a sua capacidade de análise.

Fá-lo com enorme candura, dotando cada uma das duas notáveis afirmações de quase nenhuma ou mesmo total ausência de bases, mas substitui esse pormenor, com os seus preconceitos. Normalmente poupa esforços de simples raciocinio, confundido bases com preconceitos.

É um homem raro, onde claramente não existe nenhum filtro entre o que pensa e o que diz.

Temos bons exemplos.

Daniel, um homem que sempre se insurgiu contra a incompetência, afirma que a escolha de Fernando Seara, professor universitário, para ele, um homem do futebol, é uma aposta baixa, alertando para o terrível problema de termos “alguém do futebol” para dirigir a CML Não lhe interessa se Seara tem um currículo extenso na área da justiça e enorme experiência nesse campo, o que interessa é eleger, mais uma vez, o seu preconceito e ingnorância sobre a vida académica ao nivel de certeza.

Outro extraordinário exemplo de ginástica mental, é colar o bárbaro assassinato de uma jovem curda às mãos de um milhar de homens à guerra no Iraque.
Não sabendo nada sobre o assunto e poupando esforços em ler um bocadinho, Daniel mostra toda a sua capacidade de análise.
Pertencente a uma seita perseguida à centenas de anos por muçulmanos, com cerca de 600 mil membros, por uma ofensa de honra, a jovem foi apedrejada às mãos da sua família, adoram um arcanjo qualquer ainda que prestando culto a figuras do Velho testamento, um resquício das velhas religiões locais. Nem honra, nem ofensa, mas um acto bárbaro que tem algum paralelo junto de comunidades muçulmanas e que não é, infelizmente, caso único.

Daqui conclui, como só este génio pode concluir, que “que a ditadura sanguinária de Saddam era mais tolerante com os direitos das mulheres do que o Iraque que o Ocidente julgava ter convertido”, como podem imaginar, não é todos os dias que se encontram génios deste calibre.

2007/05/10

Teoria do Arguido

JCD, mais uma vez, consegue deitar por terra meses de trabalho sério. Há semanas que vem lutando com denodado esforço para provar a sua profunda ignorância. A leitura do artigo da Constança Cunha e Sá, hoje no Público, poderá ajudar a esclarecer parte das suas dúvidas. (o link só disponível para assinantes)

Antecâmara

Helena Roseta, segue a esteira do discurso anti partidário de Carmona Rodrigues que colheu tantos apoios. Muito bem jogado e não há dúvida que modifica muita coisa nas estratégias do PS e PSD.
Com a nega de Ferro Rodrigues e Seguro, aposto nos seguintes nomes:

PS – Costa (dificilmente será mas é o melhor candidato), Maria de Belém, Edite Estrela e o eterno João Soares.

PSD – Paula TC, Fernando Seara e Manuel Ferreira Leite (a melhor mas a mais complicada das apostas)

O PC tem de disputar o espaço perdido para o BE na CML e dificilmente irá coligar-se.

2007/05/09

O melhor post do dia (end of story)

E lá vem o segredo de justiça. Esta coisa que protege a investigação, o bom nome do arguido, do juiz, do procurador, etc. O caso da criança Madeleine no Algarve e os esclarecimentos públicos que têm sido prestado deveriam deixar-nos orgulhosos do nosso País e do segredo de justiça.

Mas quem são aqueles jornalistas bifes para virem ao País do Choque Tecnógico, da Transparência da Admitração Pública, no fundo, à Filândia do Mediterrâneo exigir informação? Mas aquela cambada de esponjas alcoólicas não sabe que em Portugal temos o segredo de justiça?

Qualquer pessoa no mundo civilizado sabe que em Portugal existe o segredo de justiça. E que, portanto, mesmo que se tenham 180 inspectores no terreno, um embaixador no Algarve, polícias ingleses a aterrarem cá, dois países atentos ao desenrolar de uma situação – nada pode ser dito por obediência ao segredo de justiça.

Infelizmente, as pessoas só ficam a perceber o que é o ridículo do segredo de justiça com o desaparecimento de uma criança.

Que, por azar, é inglesa. E que, também por azar, mobilizou a comunicação social de lá. Que, por ignorância completa, está a transmitir o que de pior havia no Portugal de Salazar: Um Portugal fechado, onde as instituições não têm por hábito prestar esclarecimentos públicos, um País bolorento, na era medieval, enquanto o mundo inteiro já abraçou a sociedade da comunicação. Um País com o segredo de justiça. I Love Portugal!


In GLQL

Nota: de facto um passarinho contou-me a enorme dificuldade dos nossos inspectores em explicarem esta questão aos colegas ingleses.

Isto só interessa se cantarmos juntos



Daddy started out in San Francisco,Tootin' on his trumpet loud and mean,
Suddenly a voice said, "Go forth Daddy,Spread the picture on a wider screen."
And the voice said, "Brother, there's a million pigeons
Ready to be hooked on new religions.
Hit the road, Daddy, leave your common-law wife.
Spread the religion of The Rhythm Of Life."
And The Rhythm Of Life is a powerful beat,
Puts a tingle in your fingers and a tingle in your feet,
Rhythm in your bedroom,
Rhythm in the street, Yes, The Rhythm Of Life is a powerful beat,
To feel The Rhythm Of Life, To feel the powerful beat,
To feel the tingle in your fingers, To feel the tingle in your feet,
Daddy, spread the gospel in Milwaukee,
Took his walkie talkie to Rocky Ridge,
Blew his way to Canton, then to Scranton,
Till he landed under the Manhattan Bridge.
Daddy was the new sensation, got himself a congregation,
Built up quite an operation down below.
With the pie-eyed piper blowing, while the muscatel was flowing,
All the cats were go, go, go-ing down below.
Daddy was the new sensation, got himself a congregation,
Built up quite an operation down below.With the pie-eyed piper blowing, while the muscatel was flowing,
All the cats were go, go, go-ing down below.
Flip your wings and fly to Daddy,Flip your wings and fly to Daddy,
Flip your wings and fly to Daddy,Fly, fly, fly to Daddy,
Take a dive and swim to Daddy,Take a dive and swim to Daddy,
Take a dive and swim to Daddy,
Swim, swim, swim to DaddyHit the floor and crawl to Daddy,
Hit the floor and crawl to Daddy,
Hit the floor and crawl to Daddy,
Crawl, crawl, crawl to Daddy,
And The Rhythm Of Life is a powerful beat,
Puts a tingle in your fingers and a tingle in your feet,
Rhythm in your bedroom,Rhythm in the street, Yes, The Rhythm Of Life is a powerful beat,
To feel The Rhythm Of Life, To feel the powerful beat,To feel the tingle in your fingers, To feel the tingle in your feet,
To feel The Rhythm Of Life, To feel the powerful beat,To feel the tingle in your fingers, To feel the tingle in your feet,
Flip your wings and fly to Daddy,
Take a dive and swim to Daddy,
Hit the floor and crawl to Daddy,
Daddy we got The Rhythm Of Life, Of life, of life, of life.

Yeah! Yeah! Yeah!

Man!

2007/05/08

A Lei do Tabaco


Depois de ler a troca de posts entre Francisco e Fernanda, ocorreu-me que fumar, poder fumar, é um direito divino, se fomos deitos à Sua imagem, é lógico achar que Ele também gostará de um cigarro depois do jantar, com um copo na mão e três horas de conversa.

Jornalismo de sarjeta

Não faltam politicos e não só, que se queixam do jornalismo em Portugal, no primeiro caso é o mesmo que ouvir os pescadores a culparem o mar pelo naufrágio, logo as tentativas de controle dos media faz tanto sentido como tentar controlar os oceanos.

2007/05/07

A Semana que ainda não passou

Lino, o Cómico

Há quem me garanta que a piada de Lino deixa antever um recuo na OTA, um recuo que está a ser alimentado por gente ligada a Jorge Coelho, exigindo a saída de Lino a curto prazo, sendo que este não estando pelos ajustes acaba por afirmar a sua independência face a Sócrates arreganhado a tacha a uma plateia inteira. Vale o que vale e a ver vamos.


A crise da CML


Ao fim de duas semanas muito animadas, já podemos olhar com um mínimo de distanciamento, ainda que com muita cautela, para os últimos desenvolvimentos na CML.

Numa situação difícil, onde claramente Carmona Rodrigues deixou bem clara a sua incapacidade de gerir crises, a violação do segredo de justiça que se verificou na véspera de um debate mensal que se constituía de importância vital para o PM e o líder da oposição, veio colocar um ponto final nesta questão.

É preciso perceber o porquê de tal fuga, que fins teve e que objectivos se queriam atingir. O facto foi praticamente ignorado por todos os órgãos de comunicação social, entretidos com o “regresso” do Dr. Paulo Portas. Era bom saber, quem, como e porquê se deu esta fuga.

A partir deste momento, Marques Mendes, visivelmente enervado, tinha três hipóteses para resolver esta situação: Deixar tudo como estava, substituir Carmona por Marina Ferreira ou promover eleições intercalares. Só esta última lhe garantia reconhecimento. Assim o fez e bem.
Nesse espaço de 48 horas, sucederam-se alguns episódios que já adivinhavam a solução que iria ser dada ao problema. As repetidas notícias que saíram sobre a “fuga para a frente” de Carmona para uma exposição de motorizadas, tentativas de Mendes em falar com ele, telefones desligados, ajudaram a preparar o terreno para uma decisão que acentuava a imagem de seriedade e firmeza de Mendes nestas situações, em oposição a uma inexplicável fuga de Carmona.

Mais do que eventuais erros de entendimento de Carmona numa alegada conversa com Mendes, foi a ideia que este o estava a “queimar” que o deve ter levado ao acto de desespero de não se demitir de imediato.

Acto que em si encerra pouco mais significados que esse, um ajuste de contas imediato. Uma espécie de aviso a Mendes que a sair só faria com a melhor imagem possível. Se no entanto, recordarmos outros incidentes do género, com Fontão e Gabriela seara, já havia notícias de tentativas de Mendes em acabar com esta situação, sempre com a oposição da convicção de Carmona que havia ainda espaço de manobra. Não havia.

O resto é conhecido, um discurso muito bom de Carmona, contra o sistema partidário, contra todos, colheu algumas simpatias, mas perdeu algum do seu brilho com a resposta imediata de Mendes num sempre difícil frente a frente com Judite de Sousa. Ainda pior quando eram postas a circular notícias de tentativas de aliciamento de substitutos dos vereadores para se juntarem a ele, e-mails a convocarem manifestações de apoio que se numa primeira tentativa tiveram sucesso, no domingo foi o que se viu.

O que resta?

Muita coisa ainda, daí a cautela nesta análise, muita mesmo.

Quem serão os candidatos? Pondo de parte, PCP, BE e mesmo o PP, temos a possibilidade de Carmona avançar sozinho, se bem que a ausência de apoios vote a iniciativa ao insucesso, os vários nomes do PSD e do PS que esperam a clarificação de que tipo de eleições estamos a falar, intercalares ou antecipadas, o que condicionará mais o PSD que o PS. Neste último, a dança de nomes tem mais razões para além desta.

O nome de Seguro é pouco simpático a Sócrates, João Soares poderá arriscar uma quarta derrota do PS, pelo que será interessante ver como os socialistas vão resolver o problema em mãos.
Note-se que o avanço do nome de António Costa não me parece ter outro objectivo que o de dizer eloquentemente que os que apoiam Sócrates sabem bem quais as ambições de Costa e que não lhe perdoam o silêncio estratégico a que este se votou na questão da licenciatura.


Sarkô e os avisos à navegação


A vitória de Sarkô, o ar cabisbaixo de Paulo Dentinho, os avisos fúnebres de distúrbios nos arredores de Paris, que confirmam como a extrema-esquerda vive mal com a democracia e não hesita em usar da ameaça da violência urbana para condicionar votos, constituem mais um testemunho de como as esquerda não se reinventou, continua agarrada aos velhos clichés e discursos planfetários. Depois da terceira via de Blair, da previsível vitória de Cameron, a vitória deste filho de emigrantes, constitui um sério aviso à navegação para quem ainda não sacudiu as memórias de uma Europa anterior à queda do Muro de Berlim.


O Jardim da Madeira

O mesmo se pode dizer da esquerda portuguesa face aos resultados de ontem na Madeira. Jardim até se deu ao luxo de encenar uma birra desnecessária com um dos homens mais bem vistos na ilha, para garantir uma maior dispersão de votos na oposição e reduzir o PS a uma representação irrisória.

Vitalino Canas, que deveria entrar para a história como um dos porta-vozes menos capazes do PS, bem tentou acentuar a futilidade do acto mas já vem tarde. A posição do Governo foi vergonhosa, na ânsia de derrotarem Jardim, numa espécie de novela de mau gosto onde Vitalino por pouco não dizia com todas as letras “pois, pois, sempre quero ver como é que ele se aguenta sem dinheiro?!”, com um esforço e veríamos o mesmo homenzito a pedir que lhe cortassem um membro qualquer, “pois, pois, agora sem bracinhos?!!”, “e sem perninhas!??”… enfim, uma tristeza, a que o povo da Madeira respondeu democraticamente com um resultado que nem é bem uma vitória, é um esmagamento total.

Jardim, ajuda à matemática do PSD de Mendes que já venceu 3 vezes um Governo de maioria absoluta, contra um conjunto de opositores internos que contam entre variadas cabeças pensantes, vultos sem a menor capacidade de reciocinio como Menezes (uma espécie de cata-vento humano), Lopes da Costa, Sanatana Lopes e Henrique Freitas, mais um mini grupo de satélites que pouco fazem que papagear disparates. Razão têm aqueles que não sendo Mendistas, nele vêm um grande sentido estratégico e uma enorme coragem.

A ideia que o governo não vai alterar a lei das finanças regionais é discutível, há muitas maneiras de compensar a perda de fundos, é esperar para ver como é que Sócrates vai reagir.