Cá estou regressado à nossa querida aldeia, entenda-se Lisboa, vindo da província com o carro atulhado de coisas fabulosas, entre elas 3 camisas da feira com um campino pespegado e cujo o defeito me garantiram “nem se notar” e um relógio novo que me custou 40 euros mas que é feito de “titááánêo” e “na mete água a 400 metros”, que presumo seja a distância do dito relógio até à água e já não de profundidade, de resto é coisa que nem devia preocupar o vendedor porque não me imagino sequer a 4 metros de profundidade porque os cigarros arruinaram-me a capacidade torácica.
Verifiquei aliviado que não só nada mudou como se manteve, como por pirraça, graniticamente na mesma. A cidade está cheia onde devia estar vazia e vazia onde devia estar cheia, à semelhança de um areal deserto, os lisboetas regem-se pelo mesmo édito que os portuenses ou outros, “onde caga um português cagam logo dois ou três”, pelo que experimentei algo diferente como parar a olhar para um poste de electricidade durante 1 minuto e em pouco tempo se juntou gente amiga para comigo fazerem figuras de tontinhos. E isto vale para quase tudo, menos para os filhos e respectiva, esses parecem fazer o contrário, julgo que para não me verem tão divertido.
Lidas as opiniões, entre o Vasco (o mais original) e as novas esperanças na blogosfera, em que a doentia trupe liberal se destaca pela vacuidade, está tudo rigorosamente na mesma. Posso zarpar para outro continente que por aqui, Sócrates é arrogante, Mendes esforçadinho “mas por amor de Deus nunca vai a eleições”, Menezes é intelectualmente esquivo (o que constitui uma ofensa para quem realmente o é), Louça espertíssimo e Cavaco muito inteligente.
Neste tempos em que o Senhor Primeiro nos mergulhou em centenas de medidas, projectos, planos e coisas complicadíssimas que ele nos vai explicando sem grande paciência, é consolador pensar que ainda podemos ignorar o país durante 15 dias que ele se mantém exactamente na mesma. Como uma boa sopa da nossa mãe, cujo o paladar se mantém na mesma durante 34 anos ao ponto de me parecer que a panela ainda não acabou.
Que alívio meu querido Deus.
2007/09/08
O Regresso
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