A epifania, na vida de um pobre diabo qualquer, que deve passar despercebida.
Deve, se o pobre diabo for um gajo como eu, se for um gajo com a pinta de um Newman e a conversa de uma personagem de Grosse Point Blank, a lógica aplica-se ao contrário.
Algumas epifanias se não forem ignoradas, esquecidas, postas de lado para todo o sempre, podem arruinar o dia de trabalho a um gajo ou pior, um dia de descanso e transformá-lo em trabalho. Passo a explicar a lógica da batata.
Neste tempos de Verão, de necessidade absoluta de aderir à última moda por parte do sexo feminino, a pior coisa que me podem fazer é obrigar-me a levantar os olhos (normalmente fechados) de cima de um qualquer estudo, para me confrontar com duas epifanias em equilíbrio num decote que claramente só suportaria com dignidade católica outras duas de igual forma mas com metade da opulência.
Assim aos pares, as epifanias são sinais de que nos devemos dirigir para a porta de saída e ir perguntar a João César das Neves quando é que se decide a escrever só sobre economia, quando as estas duas se segue uma outra que, nos tempos que correm, deixa antever o uso (de clara natureza sadomaso) de um fio dental, então e confrontado com a triste realidade que não sou o Newman ou sequer um boçal e vulgar Tarzan da Trafaria, tenho de mergulhar, decidido, em algum parecer ou estudo que anda aos caídos na minha secretária.
Der por onde der, coisas destas obrigam-me a trabalhar e ultimamente já nem aguento uma gata pelo rabo, sendo que cada dia que passa já qualquer rabo de gata serviria.
2006/05/16
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